ACIM PRESS

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Museu do Ipiranga é um dos mais visitados do país


Localizado no bairro do Ipiranga, em São Paulo, o Museu Paulista da USP, mais conhecido como Museu do Ipiranga, é considerado uma das instituições mais visitadas do Brasil. Por ano, mais de 300 mil pessoas visitam o local em busca de exposições relacionadas à formação das sociedades paulista e brasileira.

Inaugurado oficialmente em 1895, o Museu do Ipiranga é o mais antigo museu público de São Paulo. O edifício onde está instalado foi construído entre 1885 e 1890 e projetado pelo arquiteto Tommaso Gaudenzio Bezzi para celebrar a Proclamação da Independência. A sua construção, além de assinalar o local onde teria ocorrido o “grito da independência”, também tinha a intenção de associar a data de 7 de setembro ao regime monárquico e à construção da nação brasileira. A instituição, vinculada à Universidade de São Paulo desde 1963, conta com um acervo de 150 mil itens, abrangendo coleções de objetos, iconografia e documentação impressa e manuscrita.

Foto: Divulgação/Museu do Ipiranga
Museu do Ipiranga recebe mais de 300 mil pessoas por ano.
De acordo com Silvana Martins, assessora de imprensa do museu, as visitas são mais frequentes no primeiro domingo de cada mês. “Nesse dia, as entradas são gratuitas. Além disso, todo primeiro domingo do mês tem também a apresentação do projeto Música no Museu, o que atrai um grande público”, afirma ela.

O paulistano Dom Marques Ribeiro é um dos moradores da cidade que visita frequentemente o local. Para ele, o museu proporciona um mergulho na história do Brasil. “Eu não me canso de ver as exposições, os objetos, e gosto de pensar que foi naquele local que Dom Pedro I proclamou a independência do Brasil. Sempre que posso, vou com meus filhos fazer uma visita, principalmente quando a entrada é gratuita”, declara.

Mesmo sendo um dos museus mais visitados da cidade, alguns cidadãos ainda não conhecem o Museu do Ipiranga. Paulo Biagioni, estudante de design de games, já planeja conhecer o local. “Moro um pouco distante do museu, mas com certeza vou visitá-lo ainda esse ano. É uma obrigação para todo paulistano ter
ido ao menos uma vez até lá”, garante ele.

O Museu do Ipiranga fica no Parque da Independência, em São Paulo. O horário de funcionamento é de terça a domingo, das 9h às 17h. Mais informações no site oficial: www.mp.usp.br .


Aquecimento global não altera índice de garoa em São Paulo

Um estudo recentemente divulgado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) comprova que a cidade de São Paulo não perdeu seu título de “terra da garoa”. Segundo o último boletim emitido recentemente pelo instituto, que apresenta os totais de dias com garoa em cada um dos anos desde 1933, não houve aumento ou diminuição significativa que sustente a tese de que a garoa em São Paulo é cada vez mais rara.

Fonte: IAG-USP
Estudo mostra que índice de garoa não sofreu grandes alterações desde 1933.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o professor Paulo Marques dos Santos, que trabalhou por muitos anos no IAG-USP, a garoa é um chuvisco muito leve com gotículas bastante finas que não conseguem deixar o solo úmido após atingi-lo. Por esse motivo, o estudo foi feito através de anotações manuais em todas as vezes que o fenômeno ocorreu na cidade, já que não há precipitação o bastante que possa ser medida por aparelhos.

Analisando esses dados, a meteorologista Samantha Martins afirma que a garoa não desapareceu da cidade. Segundo ela, o que ocorre é que as pessoas estão cada vez mais dentro de escritórios e ambientes fechados, e com isso, o tempo exposto ao ar livre diminui, reduzindo, portanto, a chance de percepção do exato momento em que a garoa cai na cidade. “As pessoas dizem que não tem mais garoa, porque elas não percebem mais”, diz Samantha em seu blog.

Foto: Marcella Tamayo
Cada vez mais em ambientes fechados, paulistanos não percebem a queda de garoa na cidade.

Leila Fernandes, que mora em São Paulo há mais de 30 anos na região central, não concorda com o boletim divulgado pela USP. “Quando meus filhos iam à escola, eu tinha sempre que protegê-los da garoa com touca ou guarda-chuva, principalmente no outono. Hoje, é raro ver isso acontecer aqui”, afirma ela.

Para Dom Marques, porteiro de um edifício no bairro da Bela Vista, São Paulo nunca perderá seu título, mesmo que estudos afirmem o contrário. “Isso tudo é papo. A verdade já foi dita na canção de Tonico e Tinoco: como o tempo passa, como o tempo voa, neste meu São Paulo, terra da garoa”, diz.

Praça Roosevelt é reinaugurada após dois anos

Prefeitura reabre, no último sábado do mês a praça que é um dos marcos culturais no centro da cidade.
A reforma que começou em 2010 e custou R$ 55 milhões, visa proporcionar mais segurança e lazer para moradores e visitantes, que agora contam com mais iluminação e uma guarita da guarda civil metropolitana.

Segundo Rafael Ocon, frequentador dos teatros nos arredores, “...a praça ficou bem mais iluminada com a reforma. Antigamente tinha um ambiente de um lugar abandonado, descuidado. Agora, há novas chances de as pessoas frequentarem e conhecerem teatros e bares”


A reforma, além de recuperar a imagem do lugar, teve 260 árvores plantadas, quiosques para floricultura, parques de diversão para as crianças, novas luminárias e banheiros públicos.

Pichação

Apesar de a praça ter ganhado reforço na segurança, a guarita da PM, que estava prevista para ser inaugurada no evento, só deve começar a funcionar no início de dezembro e na noite da inauguração alguns muros foram pichados.

A assessoria de imprensa da secretaria municipal de coordenação das subprefeituras (SMSP-SÉ) minimiza o problema dizendo que “...após os atos de vandalismo, funcionários foram ao local realizar a limpeza. Há também uma equipe fixa de zeladoria, que promove os serviços de varrição, diariamente, e lavagem, quando necessário”

Valorização dos imóveis

Como consequencia da reforma, os aluguéis de espaços também ficaram mais caros, sendo que uma livraria da região já teve que fechar as portas por conta da subida dos preços. Em contrapartida, há algumas companhias de teatro que acreditem que o investimento deva ser recompensado, é o que nos diz a assessoria de imprensa da companhia de teatro Os Satyros “o nosso local já era bem frequentado  antes, mas esperamos que cada vez mais pessoas prestigiem a cultura na cidade”

Além de prestigiar a cultura do local, os frequentadores podem utilizar a área para lazer ou visitando os diversos bares que existem no entorno da praça

Eutanásia Gera Discussão no Brasil e no Mundo

Após morte do Britânico Tony Nicklinson, de 58 anos, que recorreu à Suprema Corte para ser amparado legalmente com suicídio assistido, assunto ganha destaque no Brasil e no Mundo.

Derivada do grego (eu, que significa bem, e thanasia, que significa morte), a expressão tornou-se mais conhecida na perspectiva médica pelo filósofo inglês Francis Bacon, no século XVII, para expressar que "o médico deve acalmar os sofrimentos e as dores não apenas quando este alívio possa trazer cura, mas também quando pode servir para procurar uma morte doce e tranqüila."

Alguns advogados brasileiros defendem a tese de que a vida é o intervalo entre o nascimento e a morte. A lei não conceitua a vida nem a morte, como também não estabelece exatamente seu começo e seu fim.
Segundo o advogado e professor Paulo Fernando Barbosa, a Lei Penal Brasileira proíbe a prática da eutanásia, considerando-a homicídio ou suicídio assistido, conforme o caso, com aplicação das penas previstas nos (Código Penal, art. 65-III-a e art. 121-§1º); (RTJSP, 41:346 e TJPR: Acrim 189, PJ, 32:201).

Considerado um dos países mais liberais do mundo, a Holanda foi a primeira nação a autorizar a prática da eutanásia, com lei aprovada em abril de 2002. Dez anos depois, apenas Bélgica e Luxemburgo criaram legislações para impedir a condenação dos médicos responsáveis por garantir a "prática da boa morte" a pacientes em estado terminal ou vítimas de doenças incuráveis. Na Suíça, uma prática semelhante é permitida - o suicídio assistido, que atrai centenas de pessoas de outros países no que passou a ser chamado de "turismo da morte".

O significado evoluiu ao longo dos anos e exigiu nomenclatura específica para designar condutas diferentes. O Conselho Médico Brasileiro esclarece que atualmente o ato é dividido em:

Eutanásia: Denominada morte boa, ou homicídio piedoso, em que se mata alguém para abreviar o sofrimento de uma agonia dolorosa e prolongada. No Brasil a eutanásia configura crime, punida como homicídio privilegiado.

Distanásia: É o prolongamento artificial do processo de morte e, por consequência, prorroga também o sofrimento da pessoa. O desejo de recuperação do doente a todo custo, ao invés de ajudar ou permitir uma morte natural acaba prolongando seu sofrimento.

Ortotanásia: Significa morte pelo processo natural. Neste caso o doente já está em processo natural da morte e recebe uma contribuição do médico para amenizar o sofrimento do paciente, mesmo que a consequência venha a ser indiretamente a morte do enfermo, explica o advogado Paulo Barbosa.

A Igreja Católica por sua vez, esclarece que já existe, há muito tempo, uma orientação do Vaticano para que a decisão dos médicos, desde que dentro dos dogmas das leis, seja acatada pelos católicos.

Para a Igreja, o maior pecador não é o enfermo e sim o executor que está indo contra á dádiva divina. “Nós católicos, cremos que o homem, por ser criado à imagem e semelhança de Deus, foi criado com a capacidade de aceitar ou rejeitar sua graça. Como os anjos, podemos escolher entre fazer a vontade de Deus ou satisfazer as nossas próprias inclinações egoístas ou, dito em outras palavras, pecar. Logo, só de nós depende”, afirma Padre Paulo Sérgio.

No Brasil uma das decisões tomadas entre médicos e pacientes é o testamento vital, documento pessoal e intransferível cujo objetivo é fazer valer as decisões individuais relativas a tratamentos médicos em um quadro terminal, porém não é amparado por lei.

Na Europa e Estados Americanos, o assunto e aprovação variam muito. Alguns países toleram a prática de permitir ou autorizar um doente terminal ou desenganado a morrer sem dor, mas o tema ainda carrega forte tabu e muitos países retrocederam em sua atitude de aprovar uma legislação para regulamentar oficialmente a eutanásia.