ACIM PRESS

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Aquecimento global não altera índice de garoa em São Paulo

"Um estudo recentemente divulgado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) comprova que a cidade de São Paulo não perdeu seu título de “terra da garoa”. Segundo o último boletim emitido recentemente pelo instituto, que apresenta os totais de dias com garoa em cada um dos anos desde 1933, não houve aumento ou diminuição significativa que sustente a tese de que a garoa em São Paulo é cada vez mais rara.

Fonte: IAG-USP
Estudo mostra que índice de garoa não sofreu grandes alterações desde 1933.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o professor Paulo Marques dos Santos, que trabalhou por muitos anos no IAG-USP, a garoa é um chuvisco muito leve com gotículas bastante finas que não conseguem deixar o solo úmido após atingi-lo. Por esse motivo, o estudo foi feito através de anotações manuais em todas as vezes que o fenômeno ocorreu na cidade, já que não há precipitação o bastante que possa ser medida por aparelhos.

Analisando esses dados, a meteorologista Samantha Martins afirma que a garoa não desapareceu da cidade. Segundo ela, o que ocorre é que as pessoas estão cada vez mais dentro de escritórios e ambientes fechados, e com isso, o tempo exposto ao ar livre diminui, reduzindo, portanto, a chance de percepção do exato momento em que a garoa cai na cidade. “As pessoas dizem que não tem mais garoa, porque elas não percebem mais”, diz Samantha em seu blog.

Foto: Marcella Tamayo
Cada vez mais em ambientes fechados, paulistanos não percebem a queda de garoa na cidade.

Leila Fernandes, que mora em São Paulo há mais de 30 anos na região central, não concorda com o boletim divulgado pela USP. “Quando meus filhos iam à escola, eu tinha sempre que protegê-los da garoa com touca ou guarda-chuva, principalmente no outono. Hoje, é raro ver isso acontecer aqui”, afirma ela.

Para Dom Marques, porteiro de um edifício no bairro da Bela Vista, São Paulo nunca perderá seu título, mesmo que estudos afirmem o contrário. “Isso tudo é papo. A verdade já foi dita na canção de Tonico e Tinoco: como o tempo passa, como o tempo voa, neste meu São Paulo, terra da garoa”, diz.

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Um estudo recentemente divulgado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) comprova que a cidade de São Paulo não perdeu seu título de “terra da garoa”. Segundo o último boletim emitido recentemente pelo instituto, que apresenta os totais de dias com garoa em cada um dos anos desde 1933, não houve aumento ou diminuição significativa que sustente a tese de que a garoa em São Paulo é cada vez mais rara.

Fonte: IAG-USP
Estudo mostra que índice de garoa não sofreu grandes alterações desde 1933.

De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o professor Paulo Marques dos Santos, que trabalhou por muitos anos no IAG-USP, a garoa é um chuvisco muito leve com gotículas bastante finas que não conseguem deixar o solo úmido após atingi-lo. Por esse motivo, o estudo foi feito através de anotações manuais em todas as vezes que o fenômeno ocorreu na cidade, já que não há precipitação o bastante que possa ser medida por aparelhos.

Analisando esses dados, a meteorologista Samantha Martins afirma que a garoa não desapareceu da cidade. Segundo ela, o que ocorre é que as pessoas estão cada vez mais dentro de escritórios e ambientes fechados, e com isso, o tempo exposto ao ar livre diminui, reduzindo, portanto, a chance de percepção do exato momento em que a garoa cai na cidade. “As pessoas dizem que não tem mais garoa, porque elas não percebem mais”, diz Samantha em seu blog.

Foto: Marcella Tamayo
Cada vez mais em ambientes fechados, paulistanos não percebem a queda de garoa na cidade.

Leila Fernandes, que mora em São Paulo há mais de 30 anos na região central, não concorda com o boletim divulgado pela USP. “Quando meus filhos iam à escola, eu tinha sempre que protegê-los da garoa com touca ou guarda-chuva, principalmente no outono. Hoje, é raro ver isso acontecer aqui”, afirma ela.

Para Dom Marques, porteiro de um edifício no bairro da Bela Vista, São Paulo nunca perderá seu título, mesmo que estudos afirmem o contrário. “Isso tudo é papo. A verdade já foi dita na canção de Tonico e Tinoco: como o tempo passa, como o tempo voa, neste meu São Paulo, terra da garoa”, diz.

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